sábado, 25 de abril de 2015

Maldito SINTEPP

Maldito Sindicato que organiza os trabalhadores.
Maldito Sindicato que denuncia os desmandos desse governo.
Maldito Sindicato que não se vende.
Maldito Sindicato que garante direitos.
Maldito Sindicato que enfrenta os DOUTORES.
Maldito Sindicato “terrorista”.
Maldito Sindicato de luta!

Maldito SINTEPP!!!

sexta-feira, 24 de abril de 2015

Três Certezas de um bêbado numa quinta-feira à noite

1- Quanto mais eu conheço a noite, mais suas cores, prazeres e sabores me conquistam.
2- A noite tem um contraste vadio, tão milagroso quanto a intervenção de uma santa.

3- O álcool é a poesia em sua forma líquida.

terça-feira, 21 de abril de 2015

O som que a chuva faz

O som que a chuva faz a noite
Difere-se e muito do som que ela faz ao dia.
Quando chove de dia o seu som junta-se à todos os outros: som da televisão ligada na sala, do celular tocando uma canção, do barulho vindo da casa vizinha, do motor dos carros passando na rua, do grito das crianças correndo e gritando pela casa.
Na noite a chuva quebra o silencio da rua que moro,
Tem hora que chego a ouvir pingo a pingo cair no telhado de casa,
Escuto o vento assobiar livre pedindo passagem,
Assusto-me com trovões ensurdecedores.
Mesmo com misturas de sons diferentes,
Pra mim, toda chuva é uma canção punk.

domingo, 19 de abril de 2015

Pensamentos da Madrugada

Acordei, ainda era madrugada
Um milhão de pensamentos
Um inferno de perguntas sem respostas,
Pra tentar expulsá-las da minha mente, canto uma música qualquer, só em pensamento.
Percebo que sei canções que nem imaginava, que inclusive muitas vezes escarneci a única frase eu sabia.
Na metade da cantoria, os pensamentos insones, atravessa minha mente feito um trem desgovernado. Irrito-me comigo mesmo! Não aceito perder o sono com pensamentos sem futuro...

sábado, 11 de abril de 2015

Se quiseres...

Se quiseres viver, serei teu inferno,
Mas se procuras paz, distancia-te de mim.
Se quiseres veneno, serei serpente,
Mas quiseres cura, continue a procura.
Se quiseres milagre, já traga o vinho,
Mas se o inimigo é a realidade, sou teu carnaval.
Se quiseres amor
Nem tem conjunção,
Trago-te logo um punhal, afiado.

sexta-feira, 10 de abril de 2015

Inverno nos meus olhos

Frio,
Chuva lá fora,
Inverno nos meus olhos
Inferno no meu dia.

Tempo fechado
Minha memória busca imagens numa velocidade tão rápida quanto um relâmpago,
Pensamentos em trovoadas,
É o inverno amazônico dentro de mim.

Vai chover todas as minhas dores,
Nada à fazer
Apenas esperar essa estação passar.

quarta-feira, 8 de abril de 2015

Faça-me feliz: Minta!

Conte-me uma mentira
Que me faça feliz:
Diga que sente minha falta.

Conte-me uma mentira
Que me deixe bobo:
Diga que pensa em mim quando vai dormir.

Conte-me uma mentira
Que me cale:
Diga que me ama.

Faça-me feliz
Só por hoje,
Minta pra mim.

quinta-feira, 2 de abril de 2015

Chuva no baixão

Foto de Jean Rodrigues
Chuva no baixão
Faz naufragar minha infância.
Contemplo os pingos caírem
E virarem rio debaixo de casa.
Vontade de cair na chuva
Mas muito medo de cair da ponte.
Estático fico sonhando
No dia em que a chuva não trará medo
Do relento,
De perder “tudo” como diz minha mãe.
Aqui, a chuva me faz lembrar da bíblia
Do diluvio, quando os animais adentraram a arca,
Cobras, sapos e outros animais de vez enquanto procuram abrigo em nossa casa.
Apesar de tudo
A chuva é mágica
A gente passa a ser enxergada
O Estado até fala de nós.
Apesar de tudo
Toda chuva é um banho de Deus!

Estrangeiro Sou Eu

Estranho ver a cidade sangrando
Estranho
Tanta gente chegando
Tantas outras partindo.
Perdemos a liga
O que nos une agora
É muito mais a dor
Que o amor.
Estaticamente estranho
Somente ver
Alta mira
Bombardeando o Xingu,
Altamira
Saqueada, violentada.
Estranho
Mas em meio à tanta cara nova
Tanta loucura programada
O estrangeiro sou eu na cidade que nasci.