Ouvindo Buarque
É impossível não lembrar de ti,
Da letra
À melodia
É sempre pura fantasia
Pois todas elas fazem
na minha mente uma linda fotografia
De teu rosto numa tela
surreal.
Em A História de Lylli
Braun
Ou A Moça do Sonho
Te imagino figurando
As mesmas cenas
Ou refazendo-as na
contramão.
Buarque canta tua alma
desenhada em meus devaneios,
Tornando-a moça
procurada pelo samba
Ou a Pequena rendendo
um blues
E no fim,
Surge no horizonte de
uma tarde fria como a Nina,
E num de repente dou-me
de cara com uma Sinhá.
-Por Deus nosso Senhor,
não precisava me acordar!
E quando inicio um
flerte com a lucidez
Apareces em minha
frente num vestido florido
E fico louco varrido
Sentindo tudo outra
vez.
No fundo, queria-te
Aurora
E roubar uma canção só
pra nós
Juntamente com teu
coração pra mim,
E todos os dias
despertar com o sussurro de tua voz.
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