Todo mundo é caça
Ninguém te estende a mão
E o coro é de desgraça.
O professor esfaqueado
O povo toma a avenida
Ele hospitalizado
E o fato é curtido, comentado e compartilhado.
A tragédia vira manchete
Valorizando o preço de um horário
É a barbárie em leilão.
Cada facada uma fatia
Cada cena uma agonia
De quem sabe viver o dia
O seu último dia.
Percebemos então
Que no trabalho ou no ócio
Vida e morte são
sócios
Tentando nos abraçar.
E a vida é uma criança travessa
Quem não tem força que enlouqueça,
Ou então caminhe bem devagar
Sendo o remédio de tudo, o verbo amar.
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