serpentes
apocalípticas
atacam
o futuro
apenas mais
uma ideia
incerta
Tudo porque
fé
e
esperança
tem cravada
em seu peito
uma
espada envenenada
que o céu
desabe!
Ninguém merece que eu estenda a mão,
Grita
almas sedentas de amor
que disfarce é
esse que tu vestes
vindo me abraçar?
o dissabor de teus açoites ainda
faz meu corpo tremer
e numa cena catártica
sobrevoa um passarinho
sob a tempestade de fogo
procurando um coração
pra fazer um ninho
o voo é uma senda
oxigenadora
fé e esperança
resistem
timidamente
escuta-se
"pra cima deles passarinho"
vai ter revoada
dos ninhos
galhos
passarinhos
desatam nós
não
não é o fim
iremos nos reinventar.