segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Estado verbal


Estado continental
Onde o pistoleiro a mando do grileiro é o tal
Descanso de trabalhador é o funeral
Do companheiro assassinado
Aos lamentos lado a lado
Pensando no passo que irão dá.

Terra cultivada por quem a necessita
Pertencente a quem lhe explora.
No cercado há quem grita
Geme e chora,
Quem planta uma nova forma de pensar.

Pensar criminoso,
Um ato plenamente doloso
Em tempos de primavera,
E só temos duas estações
E está são é não pensar.

Nesse estado de imensidão
O mal ti sorrir estendendo a mão
Ou se ajoelha em reverencia
Ou dá as contas pro patrão.

Pistoleiro, patrão
Estado e servidão
Capitalismo, exploração
Substantivos ou verbo a todo tempo em conjugação?

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