terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Vejo o fim


Já vejo o fim
Quando o beijo perde o valor
O calor do corpo que te abraça não aquece mais
Quando a cama fica pequena pra ser dividida com quem está a seu lado,
Já vejo o fim.

Até a marca do batom carmim
Infelizmente não sobreviveu,
Aos poucos se esvai o paraíso
E o que era futuro prometido
Foram palavras de um ateu.

A luz no fim do túnel
Surge como ponto final de uma história
E precede um novo começo pra nós dois.

Já vejo fim
Me sorrindo
Me afligindo
Me causando dor.

Só não há com o que se arrepender
O tempo agora finito
Foi de experiências,
Muitas aprendizagens
De amor e belas viagens.

Mas inevitavelmente ele veio,
O fim,
Com um gosto acentuado como que de um último gole do vinho mais velho da adega.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Novo Cenário


Não consigo verbalizar meus sentimentos
Todos substantivos concretos
Num abstrato sem dimensão.
Não sei se estou supervalorizando absurdos imaginários
Delírios advindos de um medo otário
E me trazem esta tensão.
Muita citricidade
Que com pouco açúcar não muda a verdade
Deste cenário novo
E inóspito que nunca vivi.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Plano


Faça dos meus braços teu abrigo
Aqueça-te
Enobreça-me
Eleve a anjo
Esse teu pobre amigo.
Nas curvas de meus planos
Sempre equaciono
Um resultado proporcional
A teu valor real.
Sou simples humano
Desintegrando-me pra encontrar meu diferencial,
E te capto
Em retas e parabólicas
Muitas vezes irracional.
As vezes coloco-me pela tangente
E te protejo
Mesmo assumindo um papel marginal,
Pois sou teu amigo,
Ainda que escondido
Nas coordenadas desse plano ortogonal.