terça-feira, 22 de julho de 2014

A Poesia Prevalece! Um ano de Sarau Marginal!

Por Vitoriano Bill

“Os saraus tiveram que invadir as praças
Por que biblioteca não era lugar de poesia
Biblioteca tinha de ter silêncio
E uma gente que se acha assim muito sabida.
(Criolo-Adaptada)

Com o título A Poesia Prevalece! Um ano de Sarau Marginal! O Coletivo de Poetas Marginais de Altamira comemora seu primeiro aniversário.
O Coletivo foi criado em 2013 na efervescência das manifestações populares de Junho, mas realizou seu primeiro evento em 05 de Julho. Intitulado de 1º Encontro de Poetas Marginais, o sarau foi feito na calçada na frente da casa de um dos poetas integrantes do grupo, Moisés Ribeiro. Naquele momento ímpar pra seus idealizadores o Encontro contava com a presença principalmente dos amigos dos organizadores.
Walcyr Monteiro, renomado escritor paraense, também participou deste momento. Abrilhantou a noite com suas poesias e contando o contexto em que cada uma fora escrito. Walcyr Monteiro também participaria do 3º Sarau de Poesias Marginais, tendo como temática a Transamazônica. Walcyr foi de uma humildade imensa por emprestar seu nome e talento pra dá notoriedade ao Coletivo e fortalecer a literatura local.
Nesse um ano de atividades foi realizado dez eventos poéticos, com os mais diversos temas, dentre os quais lembramos o martírio de Irmã Dorothy, aniversário da Revolução Cubana, Rio Xingu, Dia da Mulher, Dia do Trabalhador, as Marchas de Junho. Além disso passamos por diversos lugares como a Praça da Cultura, Praça do Matias, Rua 8 no Bairro Boa Esperança, No Parque de Exposição quando tinha famílias alojadas por conta das cheias do Xingu, Bela Vista e no ponto que escolhemos como referência pra nossos saraus, a Praça da Paz.
O Coletivo em parceria com o MAB (Movimento dos Atingidos Por Barragens) e a Faculdade de Etnodiversidade promoveu também um debate sobre os 50 anos do Golpe Militar no Brasil.
Mesmo com pouco tempo de história, é uma trajetória percorrida que merece ser celebrada pois é feita com muitas mãos, muitas letras (com ou sem rima, mas com muita paixão) e bastante suor.
Se de início, entre um bloco de poesia e outra ligávamos o som pra tocar umas músicas, logo depois tivemos a adesão de Jeferson Braga e Bruninha Teles na voz e violão. Alguns saraus depois convidamos a Banda Sarcasmo Social, que com um rock ao mesmo estilo das poesias (contestação social) fazem o público cantar e pular. E sempre tem espaço pra um músico se apresentar mesmo sem está programado, afinal o sarau não tem uma programação fechada, só é planejado a abertura.
E o que falar das Poesias? Elas vêm de todos os jeitos, lados, e vozes.
O Sarau de Poesias Marginais não é feito por gente ‘sabida’, mas por pessoas que gostam de poesia. No ambiente do sarau tem os livros, o varal de poesia pra quem quiser pegar uma ler. Tem o microfone que é livre, está lá pra quem quiser fazer uso, ainda que seja apenas pra falar de como foi o seu dia. E tem muita gente boa pra bater um papo e descontrair.

Se


você ainda não teve a chance de participar de um sarau marginal, o próximo já é sexta-feira (25/07) às 19h30 na Praça da Paz (Av. Djalma Dutra, ao lado da New Rock). Sua presença é importante pra cena da arte local.

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