segunda-feira, 29 de maio de 2017

Ah Flor de Poesia


(À minha companheira, Aline Pereira Vitoriano)

Se
GRITO
 É para não escutares meu coração pulsando descompassado por ti

Mas se me calo
É para somente
Enxergares
Com todos os sentidos que lhe amo

Ah meu amor
Nem sabes do infinito desse sentimento que tenho por ti,
Indecifrável
Que é tão fácil ser falado
Mas por poucos vividos

Tem dias que esse amor
Me faz ignorar o sono
E atravesso fulminante a madrugada elaborando teoremas solucionáveis num conjunto complexo
Que possam resolver  a dor da ausência de teu riso quando vou dormir

Ah Flor de Poesia
Se me jogo em tributo à Dionísio
É somente uma jornada desenfreada para desintoxicar-me de todo excesso e guardar para ti os mais nobres atos de um simples humano

Sei
O amor é simples
Sei, as estrelas te invejam
Assim como sei que o inferno são os outros
Mas que posso,
Com mesmo com todos os defeitos de um homem desse tempo
Tornar-me teu jardim florido ao amanhecer

Gritei tudo isso
Para não ouvires ofegante e trêmulo
Pareço menino enamorado pela primeira vez.

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