Roubaram meus sonhos
Minha casa é a rua,
Minha escola é a rua.
Nesse mundo
Todos me censuram
Ninguém me dá a mão.
Meus olhos já não brilham mais,
Caminho de olhos fechados
Pra não ver o infinito da escuridão,
Perdido nessas vielas
Não durmo há muito tempo.
No país do carnaval
Pra mim nada e festa,
No país do futebol
Minha vitória é está vivo ao amanhecer.
Minha caneta, meu lápis
É o carvão.
Meu caderno é a parede, o chão.
Meu professor são os que me julgam
E eu tomo como uma contra-lição.
Já tive muitos brinquedos,
Entre elas uma HK,
Enquanto eu sonhava com a vida
Me ensinaram a matar.
Enquanto desfaziam meus sonhos
Matavam-me aos poucos,
Lágrimas já não tenho mais,
Me tornei tudo
Exceto o que eu queria.
Havia eu comprado um sonho
Pra matar a fome e adoçar minha boca,
Mas, roubara-me o sonho,
Continuo faminto
E a boca amarga feito fél.
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