Drummond, disse que sua cachaça
Era seu verso.
Talvez se eu fosse um poeta
Minha cachaça seria os versos,
No entanto, não me descobri como tal,
E fiz de Cazuza meu etílico.
Não sei o que esse cara tem,
Sua voz
Aperta-me o peito,
Faz-me sentar e ficar sem norte.
Cada gole de sua voz
No meu coração inquieto
É uma viagem
alucinante,
Sonhos
De amores e de momentos não vividos.
Com suas canções
O meu museu estático
Bem guardado em forma de lembranças
Joga-me ao chão
Como se eu fosse um maior abandonado.
No bar de casa
Bebo sozinho ou acompanhado,
Todavia o único a ficar alucinado sou eu,
Por que Cazuza é
minha cachaça.
Todos os dias antes de trabalhar
Às seis horas da manhã,
Socialmente
Me deleito com seu grito libertador,
E me sinto exageradamente livre.
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