domingo, 30 de dezembro de 2012

Ano Novo,Ser Novo

Nesse ano novo
Desejo que eu, o povo,
Se revigore e continue na batalha
Que ninguém desista da peleja
Mesmo havendo falha.
Que o sentimento coletivo
Seja de fato vivido
Jamais algo abstraído
Do cotidiano individual.
Nesse ano,
Que eu seja novo
Sem medo de voar,
Reconheça em meus atos a importância de amar.
Não posso almejar nada do ano vindouro
Se eu não ser esperança
Negar-me a fazer parte da dança
Dessa festa chamada vida.
No ano novo
Serei luz,
E nessa onda eu possa irradiar
Na maior intensidade possível a novidade que eu quero ver,
A transformação.
Vem 2013
Que eu me renovo pra ti receber!

Dor e Temor


Eu, muitas vezes desafortunado
Hoje, mais ainda,
Porque longe do meu amor
Estou banhado de temor
Na eminencia de perdê-lo.
Nesse instante
Procuro um único motivo pra não chorar,
E não encontro,
Há um vácuo infinito causando dor
Advinda do fracasso
Impotência gerada da minha falta de condições
Ou coragem pra ti dizer:
- Não vá, cuido de vocês!
O tempo como não retrocede e não perdoa
Também agora é o responsável por sarar essa dor aguda.
Dessa partida perigosa de dois
Com retorno no máximo de apenas um
A espera é incerta e dolorosa
E continuo sentado na varanda
Esperando meu amor voltar
Pra dar-me um abraço capaz de me acalmar
De aliviar essa dor, de arrancar esse temor.

sábado, 29 de dezembro de 2012

Antologia Poética Nacional- Poesias Encantas V



Adeus Maria!


-Maria morreu!
-De quê?
-Sabe-se lá,
Dizem que de morte morrida.
Na verdade
Ela estava sozinha,
A pobrezinha nem foi socorrida.
Morreu a bondosa Maria!
- Ontem estive com ela!
Imensa essa dor,
Pedi minha pobre donzela- dizia o namorado.
Maria era minha prometida
Agora me resta apenas a despedida
Infelizmente se foi Maria!
Se eu previsse o acontecido
Não duvides que com ela eu estaria.
Oh incomparável mulher!
Sem ti quais motivos tenho para está de pé?
Estou indo à igreja,
Não mais para com ela me casar
Mas pra coloca-la meu último olhar.
Meu Deus
Qual o motivo de viver
Se a mulher que amo levaste pra Você?
Perdi minha Maria
Agora, resta-me um cortejo
E uma fúnebre sinfonia.
Adeus Maria!

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Voo


Sentado da varanda de casa
Admiro os pássaros
Em voos rasantes
Cheio de razões pras ser perigoso
Mas na verdade é o gozo da liberdade
Desfrutado por eles nessa cidade
Onde os humanos estão presos
Presas fáceis de si mesmo.
Enquanto alçam voo
Nós acorrentados em compromissos que nos levam a lugar nenhum
Só os admiramos numa inveja sem fim.
Pois toda essa sobriedade
Necessidade de ter o chão firme
É medo de desgarrar das correntes
É uma forma demente nos impedindo de voar.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

O Capacete Amarelo


O mundo é movido pelo consumo exacerbado, baseado exclusivamente na lógica da posse: É MAIS QUEM TEM MAIS!!!! Ou é o melhor quem COMPRA PRIMEIRO O PRODUTO DO MOMENTO.
Há três anos comprei uma motocicleta, impulsionado por vários motivos de uma realidade concreta e objetiva. Nessa perspectiva comprei uma moto DAFRA, uma motocicleta muito boa, diga-se de passagem. Junto com a motocicleta veio de brinde DOIS CAPACETES AMARELOS.
O acessório de segurança necessário e obrigatório aos motociclistas, veio muito bem a calhar naquele momento, mas mesmo assim prometi a mim mesmo que logo compraria um outro capacete pra mim, pois aquela cor chamava muita atenção.
E de fato não era uma combinação muito boa: moto preta e capacete amarelo. E sem falar que amarelo nunca foi de longe minha cor predileta. Mas devo confessar que sem perceber peguei um certo apreço pelo capacete amarelo. Meus amigos e familiares me sacaneavam por consequência da cor e da atenção atraída pelo capacete, e eu meio sem jeito dizia que o trocaria.
Passaram-se três anos e somente hoje comprei outro capacete ,preto, SAN MARINO. Só sei que ao coloca-lo na minha cabeça pela primeira vez, me sentir como todos os outros, de joelhos prostrados à publicidade que me diz diariamente o produto, e mais especificamente a marca que devo usar.
O capacete amarelo nesses três anos tornou-se meu cartão de visita. Lembro-me dos meus amigos dizerem que eu não conseguiria me esconder de nada com aquele capacete, pois de longe todos já sabiam que era eu.
As pessoas não percebem, mas todos os dias essa sociedade de consumo as modelam  para serem todas iguais: usar os mesmos produtos, as mesmas marcas, e comprar e comprar. Por isso quem foge do padrão chama atenção mesmo sem querer, torna-se o DIFERENTE.
Vivemos numa luta incessante de nos afirmarmos como sujeito munidos de especificidades, características enriquecida pela vida em comunidade e acabamos negando essa luta por um imperativo de consumo, de mercado, e nos tornamos então, um bando de abitolados apontando de forma condenadora àqueles resistentes ao padrão alienante.
Não vou mais ‘tirar onda de capacete amarelo’, como diria meu irmão, mas jamais vou esquecer o que de fato me fez usá-lo durante todo esse tempo, ele supria a minha necessidade: proteger-me num eventual acidente. 

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Vida Luta

Têm dias em que vejo-me esvair em perdas
E as vezes certo de que nesta estrada só tem pedras
Inclino-me à desistir
Abandonar essa jornada dolorida onde cada passo é uma nova ferida
Frutos daninhos de uma vida regada por tempestade.

Lembro então do olhar cansado de um idoso
Que em seu leito de dor
Disse aos presentes: foram nas turbulências que aprendi a viver.

Daí, numa impetuosa vontade de manter-me de pé
Transformo cada queda numa aprendizagem
Cada pedra num desafio-lição
Cada dúvida numa decisão:
Sou as escolhas que faço!
E eu escolho lutar.

A primeira aprendizagem é que não há derrotas em batalhas travadas

A única possibilidade de ser derrotado é não lutar.

domingo, 16 de dezembro de 2012

Isso é Corinthians


Não é apenas mais um time
É uma nação representa por atletas
Vestidas num manto,
Que na verdade é a armadura de guerreiros incansáveis
Alimentados pela fé e garra
De um povo que nunca desiste...
Esse é o CORINTHIANS,
Um time que é a torcida
Ou a torcida que é time.

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Morena


Morena,
Um dia a felicidade
Essa tua amiga passageira
Virá definitivamente fazer parte de sua vida.
Nesse dia bela Morena,
Todas as feridas serão fechadas
Os momentos de sofrimentos
Tornar-se-ão lembranças trancadas num baú secreto.
Teu lindo sorriso será constante e verdadeiro
Sumirá dele a pitada de desespero.
Teus e sonhos e paixões
Serão palpáveis
Terás liberdade pra ser feliz.
Morena,
Use da sua fé e da sua força
Até trema, mas não tema em lutar,
Porque no fim dessa jornada tu só tens a ganhar.
Garantir a tua paz e liberdade
É abrir caminho para ter a teu lado quem você ama.
Morena, tu é guerreira
E ainda que não queiras só ti resta lutar.