No frio da madrugada
Houve invasão
Choque térmico
Chuva de verão.
Ao entrar na barraca
O rio parou para assistir
Dois corpos se despindo
No frio fazendo o suor fluir.
E como uma tela de Salvador Dalí
Tua pele branquinha
Inspirando lascívia
Tremendo no triscar de meus dedos
E a nuca se arrepia ao toque de minha respiração,
E te quero de mil maneiras diferentes.
Enquanto os lábios se tocam
Dedos massageiam tua fonte
O prazer vai brotando igual a semente plantada em
lua crescente.
A língua alcança lugares íntimos em seu corpo
Desperta sabores adormecidos
Outros nunca ainda sentidos.
O gemido alto
A mão na boca para sufocar os sons acompanhados de
espasmos
Pra ninguém lá fora escutar.
Invadir barraca
Invadir teu corpo
Teu desejo receber-me seu
E o rio lá fora nos espiando.
De costas para mim
Teus cabelos em minhas mãos
Entro sem pedir licença
Até bato na porta, mas não para avisar a chegada
Entro, e te sinto
Não mais com o paladar.
O frio da madrugada dá licença ao suor
A barraca inundada por nossos fluídos,
Te conheço
Me conheces
Transamos por pura satisfação de nossas fantasias.
Estrela,
Brilha ao gozar versos proibidos.
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