terça-feira, 30 de abril de 2013

Sei


Quantos sabem quem és?
Quantos sabem que teu gozo é brindado com um belo riso?
Quantos sabem que por baixo dessa santa estampada publicamente, existe um furacão?
Eu sei.
Sei, teu beijo inflama meu desejo,
Sei, as caras feitas por ti, é passaporte pra viagem da minha mão,
Sei, tua arte não é pública
Sei de tuas minúsculas peças escondendo tua fonte.
É mulher fazendo o resgate
De uma velha prática libertadora
Nessa cidade de muita moral.
A tua cama, nosso altar
É lugar de adoração aos deuses do amor
Pois ali somos livres sem nenhum pudor,
Sou teu,
És minha,
 No final não somos de ninguém
Apenas dois amantes
Felizes pela liberdade forjada,
Liberdade de amar.

sexta-feira, 26 de abril de 2013

Três Meninos


São três homens rendidos a uma só mulher
E diante dela são apenas meninos
Tentando ser de fato o cara que ela quer.

O primeiro,  de mais idade
Quer um tempo que agora é saudade
Que tinha ela como esposa,
E não soube valorizar.

O segundo, inexperiente
Só tem amor por ela e não mente
Essa mulher é o mundo que ele quer.

O terceiro, chegou agora
E já se dá por inteiro
Mas algum erro está cometendo
Porque ela continua tremendo
Ao se encontrar com o segundo menino.

Ela na dúvida
Deseja o bem aos três
Não pode ser um erro amá-los todos de uma vez.

Ela não mente
Apenas omite
Um incomodo para quem quer exclusividade,
A mulher num papel de passionalidade.

Esse três meninos
São apenas estampa
De uma mulher em mudança
Derrubando a burguesia e sua moral.

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Me Encantou Morena


Êita que acabo de me encantar!
Essa tua formosura morena
Cumpriu a tarefa de me (des)concertar.
Tuas canções são as minhas
Compartilhamos da mesma ideologia também
Sei, esse mundo é pequeno para o sorriso que tens.
Quero contemplar-te presente
E experimentar teu gosto e ir além.
Não és uma simples mulher
Tua juventude de fibra
É fermento na luta
Numa sociedade em disputa
Nesse conflito social.
Mas, interessa-me teu calor
A partilha dessa chama viva
Do sentimento chamado amor.

Pela Fresta


Pela fresta se abrindo
Vejo novo mundo me sorrindo
Num rosto amado por mim.
Vislumbro às escondidas
E revivo os paraísos sonhados
Todos bem guardados e agora fugindo do baú.
Porque esse frio
Esse tempo e mundo vazio
É apenas passagem
Prás mudanças vindouras.
Por essa fenda foge um beijo
Mensageiro de um desejo mútuo
De um tempo planejado só pra nós. 

terça-feira, 16 de abril de 2013

Silêncio


É no silêncio onde sinto mais dor
Dor da ausência
De uma pulsação verdadeira
De uma voz
Que nem sempre diz amém,
Mas me ajuda a entender o que realmente se passa comigo.
O silêncio
É até anestésico
Adormecendo-me nesta sala de estar.
Queria o gemido de teu gozo,
Ou ainda as pisadas de teu vai e vem nervoso
Que a sorte desse silêncio
Matando-me lentamente.
A ausência de um mínimo ruído
Tem me feito um homem sofrido
Nesse imenso mundo cão.

terça-feira, 9 de abril de 2013

Troquei a Mochila


Lembra-se da mochila que me destes?
Pois a troquei.
Ela estava toda remendada
Já não segurava mais muita coisa.
Percebi o seguinte:
Cada remendo da mochila
Correspondia as vezes que tentei segurar nosso relacionamento,
Tinha várias costuras.
Nosso romance acabou
E a mochila da mesma forma não mais aguentou.
Estou de mochila nova,
Meus sentimentos se recompondo.
Esta mochila é mais espaçosa
Cabe mais bagagem,
Igual a mim depois das experiências vividas com você
Minha maturidade é bem maior.

Tudo Down (Verdades Solúvel)


Se tudo ficou down
O arco-íris nunca existiu
De certo era solúvel as verdades
Era fuga de onde não queria estar.

O problema é que o mundo do outro se coloria
De uma tinta que nunca existiu
Aí depara-se com um mundo monocromático,
Ou em preto ou em branco
Sem direção aonde ir.

As falsas verdades são ervas daninhas
E para apaga-las da mente dá um trabalho danado.

Hoje estou down
Com uma puta vontade de sumir,
Aqui, todo paraíso desmoronou
O castelo era de areia e desabou.

Muito perplexo com tudo que aconteceu
Pergunto-me:
Querias destruir minhas certezas que sempre me moveu?

Mesmo down
Continuo acreditando no Deus-Amor
Este ser ou sentimento mítico
Que pra mim ainda não se apresentou.

sábado, 6 de abril de 2013

Cicatrizes


Sonhei,
Sonhei,
Acreditei,
Acreditei,
Era real pra mim,
Uma realidade que eu não queria fim...
Era um sonho solitário,
Eu acreditava sozinho
Você não estava ao meu lado trilhando o caminho.
Aí veio a ferida
Que é coisa da vida
E não posso me reclamar.
Ao menos tentei
Não duvido que te amo e que te amei.
Por resto
Lembranças e cicatrizes.

sexta-feira, 5 de abril de 2013

Encontro Efêmero


Num encontro efêmero
Nossas roupas foram ao chão
Como as folhas das árvores
Em ventos fortes de verão.
Nossos corpos como ímã e ferro
Atraindo-se prontos a se consumir.
Tua boca passeando por meu corpo
Do jeito que você gosta
Onde você gosta
E meus gemidos estridentes
É denuncia do prazer proporcionado por ti.
E a cara que tu fazes
Querendo me devorar,
Com certeza não é de santa
É de tesão a ponto de se materializar.
E nas idas e vindas
Teu riso estampa o teu prazer,
Nossa fonte inunda nosso altar
É um instante mágico da vida
Que nós sabemos valorizar.