segunda-feira, 29 de agosto de 2016

Serpente Noturna



A solidão
Vem lhe fazer companhia diariamente
Fiel igual um cão de guarda,
Chega com seu beijo frio
Fazendo chover lembranças e saudades.
Firme a poetiza não se entrega
Pega suas armas
Para combater sua inimiga íntima.
Em intenso conflito interior
A ordem se estabelece compassadamente
Na medida em que o papel torna-se prisão da serpente noturna,
E tudo finda na paz de uma poesia banhada em lágrimas.

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