Muito justo Vossa Excelência
Que o grito do povo abafou
E que obediente ao Capital
A mão-de-ferro baixou.
A Justiça é vidente
E é evidente que se faz de cega
É tão sóbria quanto
Um viciado em aguardente
Cai a venda
E Vende-se a vida.
Liberta o assassino da Freira
Autoriza o barramento do rio
A versão do povo presente nos autos
Nem viu.
Nesse país,
Paraiso Tupiniquim,
Manda quem têm dinheiro
Obedecem os covardes, os traidores.
O Estado nosso verdugo,
A Justiça:
A corda que nos enforca
A lâmina da guilhotina
A ilusão intermitente.
Tudo caminha pra outra mão
Se trabalho me tiram o pão
Exijo por liberdade me dão prisão
Ensaio uma fé na justiça vem a traição.
Muito bem Senhores Ministros
Só nos resta ouvir Bertold Brecht
E Seguir a Resolução.
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