A
brasa na pedra nos ilumina
O poste
da rua é nosso abrigo
Enquanto
partilho contigo
A lata
queimando
Na
lata de todos fumamos
A dor
fabricada cotidianamente,
Deixamos
de ser gente
Nem
nome temos
Bichas,
putas, loucos,
Viciados,
delinquentes, imundos!
Assim
nos enxotam,
Somos
a sujeira
Insistindo
em escapar
Debaixo
do tapete
Estamos
à caminho do céu?
Porque
as ruas aqui são estreitas.
Não
sabemos ao certo
Porque
só os carros passam livres aqui,
Talvez
a pedra que queima lá dentro é sagrada.
O soldado do silêncio se aproxima,
Ele é o guardião dos que nos ignoram,
Ele é nosso inferno.
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