domingo, 14 de janeiro de 2018

Temos mais uma morte pra chorar

Temos mais uma morte morte pra chorar
Temos mais um corpo pra velar
Temos mais uma família de luto
Escuto
Lágrimas rolarem
Rostos se tornaram mares
De dor
A vítima dessa vez foi uma mulher
E vem a pergunta infame,
A próxima qual é?

Estamos igual jogos vorazes
Cada um torcendo pro seu clã
Vivemos uma doença
Que não tem divã
Que possa curar
Talvez por isso tanta necropostagem no ar.

Tempos difíceis
Ser machista tá na moda
Assim os índices de feminicidios
Tá foda
Segue um crescimento exponencial

É, nossa sociedade vai mal
Mas vai ver quem tá lucrando com isso
O Senhor Capital

A polícia nenhum crime consegue elucidar
Que dirá prevenir
Enquanto isso empresas de segurança privada se proliferando por aí.

Lá no planalto central
Políticos financiados por milicianos
Um certo delegado e tantos outros fulanos
Posam de combatentes do mal
Mas no fundo são abutres, tornando o assassinato algo banal.

Por Gabriela
E por todas as filhas brutalmente assassinadas
A sociedade não pode ficar parada
É desumano ficarmos feito platéia, sentada.

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