Acordei às três e meia da matina
Como se eu fosse um operário
Pronto a ir pegar o ônibus pro canteiro da barragem.
Mas não,
Era só minha mente
Num turbilhão de pensamentos
Maquinando uma solução.
Solução pra findar a solidão deixada por ti,
E nessa mistura de vontades e ansiedades
Nem sei de fato do que preciso
E o que está dentro da normalidade.
Sei, não estou em mim,
Agora, é exatamente meio dia
E quem dera eu ser um boia-fria
E não ter essa paixão estraçalhando meu peito,
Estaria cansando e me alimentando
Mas, não estaria me sentindo morrendo nesse ócio predador.
Toda essa aflição psicológica
É improdutividade na real,
Necessito urgentemente de doses homeopáticas de um amor
desvairado.
Está vendo?
Não controlo mais o que falo
Não encontro um motivo por qual me calo,
Recorto fatos e fotos
À procura de um motivo pra arrancar-te de mim,
E me perco sozinho
Definhando em pensamentos
Deitado no piso grosso dessa sala.
Está claro agora,
Preciso me libertar de mim mesmo,
Dormir o tempo necessário,
Na refeição ter um prato quente
E na minha cama um amor ardente.
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