Seu luxo vem do sangue
Dos que vivem do lixo
Parasitas-humanos
Se alimentando do homem-bicho.
Criam a dor
Também o analgésico
Nos jogam no frio
Pra nos doar um cobertor.
O nosso provento é mínimo
Não nos garantem o básico
E depois veem nos comprar com arroz é feijão
Posando de donos da solução.
Financiam a violência
E em seguida discursam sobre segurança
Pra máfia batem continência
Nós no medo
Eles pagam por vigilância.
Nos baixões , o retrato do abandono total
Sem água de qualidade
Nunca nem ouviram falar em saneamento,
Os mercadores da miséria
Sabem a importância do esquecimento.
Pra cada morte negligenciada
Responsabilidade de Deus
Coloca-se a culpa em quem não irá reclamar
Protegendo os engravatados que vivem como star.
Fome, frio, relento,
E todas outras mazelas
Planejadas como se fossem monumentos
Por eles, Mercadores da Miséria,
Pra nos manter estáticos
Como se a vida fosse um estacionamento.
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