sexta-feira, 13 de julho de 2012

Minha Senhora Presidenta


Minha Senhora,
Dona Presidenta
Que outrora
Alimentava a esperança dessa nação sedenta
De uma atenção provedora.

Confiamos no teu falar,
E do teu antecessor
Que a todos discursou
Reconhecendo com pesar a dívida que o Estado tinha com nós.

Lhe pergunto,
Diz-me o que aconteceu
Será se a Dilma de antes morreu?
Não é mais gente que importa
Mais sim garantir outras portas
E em outros interesses transitar.

Enquanto isso,
Continuam os atingidos
Um povo cada vez mais sofrido
Sem ter direitos garantidos,
Mas ainda unidos.

Minha Senhora Presidenta
O povo está que não se aguenta,
Chega de tanta traição,
Nós carregamos nas costas essa nação
Que faça sol ou não
Nós garantimos a plantação
O arroz, o feijão,
Sustentamos o nosso filho e o patrão
Também precisamos de proteção.

Por que só eles?
Eles já são ricos demais,
Tem dinheiro que não sabem o que faz.
Garanta nosso reconhecimento
Antes do enchimento
Do próximo lago que está por vir.

Nesse Brasil há muito atingido
Tudo povo sofrido
Agora a Senhora também faz parte dessa opressão.

Minha Senhora Presidenta
O que direi aos meus?
Que agora nos esqueceu?

Era só um decreto
Nossa conquista histórica
No fim, tudo retrocedeu
Nossa pequena munição
Que pra burguesia a Senhora deu.

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