De uns tempos pra cá, todos em
Altamira, tem reclamado em coro das constantes faltas de energia.
Para uns o não fornecimento de
energia elétrica causa prejuízos financeiros. Ou porque dificulta/impede
relações comerciais, outros porque acabam tendo seus eletrodomésticos
queimados.
É indubitável que a cada falta de energia, durante todo
aquele período, a dinâmica de via das pessoas alteram consideravelmente.
Nesses consecutivos apagões que
acontecem a noite percebi algo: as famílias uniram-se mais.
À luz de velas sentaram n sala,
na cozinha, em frente de casa e conversaram sobre os mais diversos assuntos.
Desde os mais importantes aos mais banais.
A apropriação da eletricidade
pelo homem ocasionou no avanço das forças produtivas, e num acelerado
desenvolvimento tecnológico.
Todas as tecnologias são
dependentes da eletricidade, e na falta dela não funciona, salvo àquelas
sustentadas por baterias: celular, notebook, etc.
Sem a Televisão e outros
aparelhos capazes de dissipar toda união, célula-mãe da família, todos se
voltam uns para ou outros.
Numa dessas, presenciei um pai
contando suas aventuras de infância aos filhos. Naquele instante percebi que
estava contemplando um momento raro nos dias de hoje.
Com certeza aquele momento será
recobrado nostalgicamente num futuro distante na mente daquelas crianças. Não
pela ausência da energia, mas pelas histórias do pai, do momento de afeto e
carinho.
Não é pretensão minha mudar a ideia
de alguém em relação às consecutivas falta de energia. Mas, única e
exclusivamente atentar para o impacto negativo que a tecnologia tem sobre o
seio familiar.
Entendam-me! Jamais ousaria
dizer não às tecnologias, sobre tudo aos meios de comunicação. No entanto, como
tantos outros, alerto para o uso indiscriminado desses instrumentos.
Como diz o refrão popular ‘a
diferença entre o remédio e o veneno é a dose’. Torço com muito fervor para que
não seja necessário faltar energia para as famílias conversarem, unirem-se.
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