sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Hora da palavra


O puro silêncio que dói
No vácuo formado entre nós
Os olhares desencontrados
Explicações, um descalabro.

Tua água diz tanto,
Como num d’javú
Sufoca-me teu pranto
E num lapso o silêncio fica azul.

E na hora da palavra
Ora, que palavra?
Prevalece o silêncio
Singelamente endiabrado.

Tudo se foi
Nem o estarrecedor verbo sobreviveu,
Esse é o momento da falência
A travessia para a outra margem.

sábado, 19 de novembro de 2011

Valeu sim


Vale o aperto no peito
Vale a lágrima que saliente escorreu seu autorização
Vale a bela lembrança do tempo que durou.
Não vale dizer que não valeu a pena,
Valeu sim!
Alguma aprendizagem ficou para o próximo.
Não diga que não deu certo,
Deu certo enquanto durou, ora!
Você não saiu perdendo
Ganhou em maturidade,
Maturidade talvez ainda precoce.
Mas é a beleza da vida,
Aproveite o momento
Tente escrever um verso
Quando você perceber terá uma linda poesia.

p.s. Para um amiga.

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Teu Abraço

Eu queria tanto que um dia
Fosse você quem me procurasse
 E me abrassasse,
Aí teu perfume ficaria em mim.
E quem sabe um beijo acontecesse
Daquele que faz a alma aquecer.
Entenda-me,
Não quero prendê-la
Apenas me libertar
 Eessa liberdade passa por um abraço teu.

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Café com leite


(Para os amigos Isaac e Mª. Francisca)

Moramos na mesma cozinha
Nunca nos repetimos
Sendo sempre os mesmos.
Formamos uma dupla indissolúvel,
Sozinhos, também somos bons,
Mas unidos, incomparável.
Comprimidos numa xícara,
O nosso ponto de encontro diário,
Alimentamos sonhos:
Os meus e os teus,
Ou será que são apenas meus?
Onde você está
Esse é o meu lugar.
Eu, leite,
E você, café.