quinta-feira, 1 de novembro de 2018

Altamira de História Grandiosa




No seio da floresta
À margem esquerda do Xingu
Homens em busca de terra
Se apossaram daquilo que era propriedade comum.

Indígenas assassinados
Outros catequizados
Negros em trabalho escravo
Nomes que não são lembrados.

Assim Altamira surgiu
Coronéis que chegaram falidos
Exploravam um povo sofrido
Se achando o descobridor desse pedaço do Brasil.

Hoje Altamira é grandiosa
Da Transamazônica à Belo Monte
Ainda é o horizonte
De milhares de retirantes.

De uma pacata cidade
Nos tornamos manchete mundial
Pois por aqui avançou o capitalismo
Com sua ganância colossal.

Mas aqui é importante dizer
Altamira é mais que um lugar de saque pro capital
É mais que uma imensa extensão territorial
É um povo que por sua luta merece ascender.

Ainda temos muito que avançar
Segurança, educação e saúde
São direitos ainda negados amiúde
Mas temos muito que nos orgulhar
Quantas pessoas no mundo
Tem um Xingu pra contemplar?

sexta-feira, 26 de outubro de 2018

Obra-prima denominada vida




Num átimo
O átomo
Constitui matéria
A matéria rima
Numa obra-prima
Denominada vida.
Vida esta
Com mira
Na testa
Uma 1 ponto 7
Empunhada por político 1.7.1
Que escrúpulo
Não tem nenhum.

A vida
É bem maior que a morte
Poucas coisas é questão de sorte
Só quero saber por que porta
Essa política que quer a gente morta
Entrou no nosso lar,
E qual momento passamos a aceitar?

Você acredita mesmo
Que findaremos a violência com chacinas?
Que mal ti fizeram
Pretos, pobres, manos, monas e minas?

A vida é pra ser abraçada
Até mesmo
Na madrugada mais fria e sombria,
Esse abraço é amor.
(Vitoriano Bill)

terça-feira, 23 de outubro de 2018

O impossível é a primavera


O impossível
É a primavera
Que me dá forças
Para romper
As estações,

Dizem
Não, não vai florir
E de pé
Vou atravessando
As fronteiras de estações tenebrosas

Enquanto a primavera não chega
Vou me firmando
Nos olhares floridos
De amor
De quem
Não abre mão da vida
Igual a mim.

sexta-feira, 12 de outubro de 2018

Aonde banhar



Tem gente
Se afogando
No mar
De ódio
Que está
Se banhando.

Preferem a morte
Que a bendita sorte
De seguir em pé
Em mergulhos vívidos
Num singelo igarapé.

quinta-feira, 9 de agosto de 2018

vai ter revoada


serpentes 
apocalípticas
atacam

o futuro
apenas mais 
uma ideia 
incerta

Tudo porque
e
esperança
tem cravada
em seu peito
uma
espada envenenada


que o céu
desabe!
Ninguém merece que eu estenda a mão,
Grita
almas sedentas de amor

que disfarce é
esse que tu vestes
vindo me abraçar?
o dissabor de teus açoites ainda
faz meu corpo tremer

e numa cena catártica
sobrevoa um passarinho
sob a tempestade de fogo
procurando um coração
pra fazer um ninho

o voo é uma senda
oxigenadora
fé e esperança
resistem

timidamente
escuta-se
"pra cima deles passarinho"

vai ter revoada

dos ninhos
galhos
passarinhos
desatam nós

não
não é o fim
iremos nos reinventar.

terça-feira, 17 de julho de 2018

Sol veio nos visitar


Era inverno
No coração
E nos olhos

A saudade
E a dor
Causaram grandes deslizamentos
Diversas vezes

Infinitas vezes
Presenciei minha
Fortaleza desabar
Era tanta solidão
Que parecia a rede
Milhares de views
Sem um olhar terno

Chegou o fim desse inverno
Sol veio nos visitar
Veio aquecendo nossos corações

A casa encheu de passos
A esperança cintilava em cada olhar
A fortaleza erguida
Dizia
Esse também é o teu lar.

quinta-feira, 12 de julho de 2018

Na penumbra crepuscular



Na penumbra crepuscular
Tua boca calava a minha
Escutava teu respirar
Gritando de tesão

Apesar de tudo
Era lento
Suave
Feito um passeio na floresta

Teu corpo nu
Me dava acesso
Aos lugares mais secretos de seu prazer

Nos presenteamos
Um gozo
Com sabor de intimidade,

Nosso encontro
É sempre um lampejo
Vindo do embate
Do sagrado e o profano.

Ainda sinto
Tua boca em mim.

segunda-feira, 25 de junho de 2018

Resistência poética

Foto: BDC Altamira


Os moleques desobedecem as regras gramaticais
Aos domingos no trapiche do cais
Com batalha de rimas sensacionais
Mas como prêmio recebem batidas policiais.

Os pm diz estamos aqui porque denunciaram vocês
Disseram que estão puxando um na cara dura
Os canas novatos foram até educados dessa vez
Os MC's pretos e pobres fizeram dos versos suas armaduras

Mas em outro canto da cidade numa mansão
Onde mora a família de um doutor
Whisky e pó é produto ostentação
E o consumo é livre sem nenhum pudor

Não adianta falar que é um consumo intra-lar
Que ninguém está vendo o Dr. inalar
Beck, pó, pedra, não impediram o de vencer
É um exemplo de como proceder

A questão é que o Dr. sempre teve grana pra comprar
Nunca lhe faltou o ilícito que dirá a alimentação
Nunca precisou ir até à boca pra ter a pedra que lhe faz viajar
O produto sempre foi entregue na sua mansão.

E adivinha quem é o seu entregador
Sim, o muleque que o Estado abandonou!

O muleque sempre viveu na periferia
Sempre disseram que ele nunca venceria
E com as afirmações de fulano e cicrano
Um dia ele acabou acreditando

Saiu da escola pois lá nada ele entendia
Até ouviu falar de certas capitanias
Mas ele não compreendia
O que tinha haver com sua correria

Ligava a tv e a propaganda insistia
Adquira o smartphone da hora
Mas sem grana como compraria?
As minas e os trampos só lhe davam fora

Todos deviam saber que a exclusão
Anda de mãos dadas com a tentação
Por que vocês acham que parte da juventude
Vê no crime uma grande opção?

Num dos dias mais tensos de sua vida
Pra sua mãe faltava medicação
E para toda família faltava comida
Veio a grande proposta de entrega na mansão

O trabalho foi um sucesso
Foi como se tivesse ganhado um ingresso
Pra sair da fila da fome
Agora ele era o super-homem.

Dias vem, dias vão,
Sobrevivente do inferno
Não tem mais a falta de pão
Agora ele tem até pra diversão

Tudo indo às mil maravilhas
Uma longa carreira na mansão
E o muleque caiu na armadilha
Todos dizem é integrante de uma facção

Na noite passada foi preso portando pó
Sua nova casa agora é o xilindró
O Dr. não tem nenhuma preocupação
Outro irá cumprir a missão

Sabendo dessas tramas
Várias juventudes tem se organizado
Feito resistência cotidiana
Pelo crime não querem ser aliciados

É com grafites e rimas
Que os muleques tem se armado
Param até pra estudar
Pode olhar logo na esquina um muro estilizado

Mas aí vem um cidadão de bem
E denuncia a mulecada
Ouvir o rap não lhes covém
A orla tem que ser higienizada

É essa exclusão cotidiana
Preconceituosa made in K.K.K
Responsável por essa situação desumana
Onde a morte é a lei.

terça-feira, 12 de junho de 2018

Todo fim de dia é um recomeço


Por quantas vezes
A solidão escrevera
Dor em letras garrafais
Na minha pele,

Mas veio você
Apagando cicatrizes
E reescrevendo amor
Num céu em que as estrelas dormiam.

A felicidade tem seu riso
E o amor,
É o dia inteiro com o brilho de seu olhar

Todo fim de dia
É um recomeço
Onde reencontro
A fonte balsâmica de todo cansaço,
Seu colo.

Amor,
Sei contemplar a vida!
Todo caminho me leva ao Lar de Maravilhas
Que é o beijo que sua boca me presenteia.

Nesse dia escaldante
É no inverno de teu corpo
Que desejo me molhar.

(Para meu amor, a poesia que me inspira todos os dias, Aline Pereira Vitoriano)
                                                                                                                                                                            

quarta-feira, 6 de junho de 2018

Imunda



A mulher
Nua
Na rua

Imunda
Revirando
O lixo

O homem
A expulsa

A mulher
É só um
Bicho
Bagunçando
O lixo
Que merece
Tratamento
Adequado,

Ao contrário
Da mulher
O lixo
Estava arrumado
Tinha
Valor de mercado.

quarta-feira, 23 de maio de 2018

O mundo todo era nós duas



Ontem sonhei que
Seu coração era meu lar
E lá só havia amor
Laço de candura
Enfeitando nosso céu multicolor.

Era divino
Pela pureza
Era eterno
Pelo sabor
Era teu colo
Meu lar redentor

Ontem sonhei amor
Que nosso encontro
Era a causa verdadeira
Da Aurora Boreal
E quando acordei
O mundo inteiro nos admirava

O mundo todo era nós duas
Eu te amo
Você me ama
E essa completude
Nos basta,
É fim de tarde em teus lábios.

terça-feira, 8 de maio de 2018

É um direito ocupar



Um prédio desabou
Com gente
Que o Estado abandonou,

O Brasil
Paga auxílio-moradia
Para quem tem mansão
E criminaliza trabalhadores
Quando fazem ocupação.

É importante frisar:
É um direito ocupar
Quando morar é um privilégio!
Ter mais casas sem gente
Do que gente sem casas
É um tremendo sacrilégio.

Dizer que numa ocupação
Há uma facção criminosa
É uma afirmação danosa
Para quem leva uma vida penosa
E sente o peso da exclusão.

O trabalhador sem-teto
É resultado do sistema de especulação
Que garante a elite no luxo
Empurra trabalhadores para o lixo.

Quem considere ocupação um crime
Ou não sabe o que a especulação imobiliária é capaz
Ou dever ser que também articula esse jogo voraz
Ou é só um papagaio de pirata que repeti sem pensar
O que os senhores da fome
Lhes faz engolir sem contestar.

quinta-feira, 26 de abril de 2018

...



Uma boca
Constituída de poesia
Das mais belas odes
À Baco,

Como
Uma taça de vinho
De um brilho límpido
De aroma nítido
                        Clássico!
Frutada
De acidez delicada.

Tomei
Num inferno amazônico
E a noite
...

Acordei num
Inverno utópico
E meu dia
Ficou embriagado de nostalgia
De um sabor que sonhei sentir.
(Vitoriano Bill)

sexta-feira, 20 de abril de 2018

Bailarina da Tempestade


Para Minha Flor de Poesia, Aline Pereira Vitoriano


Flor
Violácea
Bailarina da
Tempestade no meio do Xingu

Rio
Insônia
Do almirante louco
À deriva do céu amor

Flor
Do
Tabuleiro do Embaubal
Desabrocha e já cai N'àgua
Fugindo das garras do mal

A Flor riu
Quando se viu
Sendo as águas desse rio,

Foi
Então
que ela notou
Que não era só mais uma flor
Mas meu rio de imenso amor.

quarta-feira, 28 de março de 2018

Eu sei O crime do Pe. AMARO



Primeiro mataram
Irmã Dorothy
Mas o latifúndio
O demônio - capital
Aprendeu

Tiros criam Mártires
Marielle
É uma pólvora de um barril prestes a explodir

Prender!
Expor ao
ESCÁRNIO
Dá mais resultado!

Mas eu sei
O crime do Pe. AMARO:
Enfrentar as cercas
Que criam fome na Amazônia.

Quem merece cadeia
São os fazendeiros
Que até escravizam
Em tempo em modernos.

Pe. Amaro
Tua prisão
É uma
Afronta
Aos direitos humanos.


quinta-feira, 22 de março de 2018

Água não é mercadoria

Foto: Anderson Barbosa


Para o capital
Tudo tem um preço,
É um produto a ser exposto na vitrine

Criam crise
Acompanhada sempre da mesma solução
Se é um bem coletivo
A saída é a privatização

Defender os rios, os aquíferos
É um imperativo vital.
A crise hídrica foi fabricada
Como meio de gerar mais lucros para o capital.
Água é um bem coletivo,
E é um crime ser mercantilizada,
E não há argumento que justifique
Sua apropriação privada.

quarta-feira, 7 de março de 2018

Mulheres em campo

Foto: Paulo César Januário
Traçar
        Caminhos
Carregando o peso de ser mulher,
É uma declaração de guerra
Em tempos tão retrógrados.

Ainda assim,
Driblam adversários
Que estão à séculos em campo
E causam medo só de olhar.

Avançam
Sobre a barreira da opressão
Que impede enxergar novas possibilidades.

Se defendem atacando
Baseadas numa tática
De equilíbrio entre
Sonhos, realidade, e um horizonte possível
Onde o gol mais belo
É a equidade de gênero.

Cada conquista desse time
Reverbera vida nova ao mundo inteiro.

Ouço a respiração delas!
Escutem o canção entoada pelo coração dessas mulheres,

Respeito!
Liberdade!
Amor!

sexta-feira, 2 de março de 2018

Tirania do imposto(r)


Que diaxo de crise é essa
Que só quem paga é a população
Dos trabalhadores cortam os salários
Mas aos amigos do Prefeito é festa ostentação?

Pense numa engenharia da fome
Que esse moço sabe elaborar
Impõe aos trabalhadores um regime de semi-escravidão
E cria uma carga tributária de matar.

Em concurso é até crime falar
Porque Águia(r) predadora que é
Não deixa ninguém de pé
Engole todos os currículos que não lhe convier.

Tirania
Tirania
Tirania
Tirania.

Corre para o abraço

Foto: Paulo César Januário


Todo dia uma nova partida
De um campeonato
Onde o prêmio é a realização
De ser protagonista da própria história.

No jogo da vida
Elas têm habilidades
Para driblar as adversidades,

Discriminação
Preconceito

Mas com a suavidade de quem flutua sobre o gramado
E a voracidade de uma Amazona
Partem para o ataque,

A união entre elas
É um gol de placa,

Rompendo muralhas
Elas correm para o abraço
Jogadoras e torcidas são apenas um coração

Mulheres, que esporte é esse,
Onde teu amor faz o dia brilhar?

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018

Estado continental II- Resistência



Estado continental
Onde o latifúndio faz as leis
E a grilagem está acima do bem e do mal.

A pistolagem é a mão do poder
Em nome do progresso
Fazem o rio secar
E qualquer floresta morrer

Estado continental
Gado, monocultura, madeireira
Produção tipo exportação
Made in sangue da nativa população

José Cláudio e Maria do Espírito Santo
Defensores da vida,
Sentiram o peso dessa violência
Enquanto a justiça dorme na cama da conveniência.

Estado continental
Seu maior evento no campo
É a promoção de funeral
De extrativista, pequeno agricultor
Seus aviões semeiam dor.

Mas a resistência persiste
José Cláudio e Maria do Espírito Santo
Vivem na rebeldia de lutadores
Que contra a morte semeiam amores.

segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

Quando vi meus amigos indo...


A sociedade tem que tomar uma atitude
Precisa urgentemente
Abraçar sua juventude,

A rapaziada quer aproveitar a idade
É do seu ímpeto querer rodar pela cidade,
Compartilhar alegria e curtir sem caô
Namorar, se expressar em amor.

Uma tatuagem no braço
Ou um brinco na orelha
O que isso quer dizer?
Apenas que o moleque tem atitude,
Ele não quer roubar você.

Mas pena que aí vem o preconceito
E digo à todos,  não tem jeito,
Se a sociedade não os abraça
O mundo vai lhes acolher

Todo dia mais um soldado pra facção
Todo dia mães perdendo filho
Irmão matando irmão,
E eu me pergunto
Quem vai envelhecer dessa geração?

Um dias desses questionei um parça lá do Jatobá,
Mano, quando tu percebeu a violência aumentar?
Com os olhos marejados ele me respondeu
Quando eu vi meus amigos indo...
Eu já até perdi as contas de quantos morreu.


Já fiz todos os cálculos e não tem solução
Finda todo mundo morto nessa equação
O Estado não protege
E da sociedade só vem condenação.

sábado, 27 de janeiro de 2018

Tu és o bloco

Lorena Patriota/ Fotografia de George Paez
Parece que o carnaval chegou
Nas ruas já têm folia
Os sorrisos transcendem em fantasia
Até sinto que Noel Rosa voltou

Tem marchinha nova pra tocar
Já ouço tua voz cantar
Tu és o bloco
Que minha avenida espera passar.

Canta e chama o folião
Faz esse povo pular sem parar
As ruas são teu salão
Derrama alegria
A esse povo que o dia-dia
Só os tem feito chorar.

sexta-feira, 26 de janeiro de 2018

Quero a esperança das Mães do Xingu

Foto de Lilo Clareto

São as águas do Rio Xingu
Que geram energia
Ou o sangue de inocentes
Que é derramado noite e dia?
Ainda não entendi o progresso da barragem
Aumentou a pobreza
Estuprando a cidade,
E com toda sutileza
Nos mostrou a face da maldade.
É uma pá de vidas interrompidas pra lembrar
Mais parece um listão de vestibular
Mas a parada é que lhes tiraram a oportunidade de sonhar
Enzo
Gabriely
Lu Brasil
Claudinei Bezerra
Pedro Henrique
Roterdan Dias
Geraldo Serafim
João Carlos
Lucas
Anderson
Telma
Magid Mauad
Artur Teixeira
Paulo Ricardo
Não são somente essas vítimas que temos pra citar
Não são só esses jovens que presenciamos a violência levar
Mas o medo de tantas famílias deixou a dor calar,
Quantas Mães do Xingu
Teremos que ver chorar?
Meu Deus que mulheres de garra
De onde elas tiram força pra ficar de pé?
Meu Deus eu vi o seu rosto na face de cada mulher.

A violência da barragem
Não pode seguir matando
Quero a esperança das Mães do Xingu
Pra minha Altamira seguir sonhando.

quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

O dia amanheceu tão belo

O dia amanheceu tão belo
Muito propício pra dizer te amo.

Estou indo te encontrar.
Esqueça todos os compromissos estressantes
Que só te rouba a vida e diminui sua beleza,

Vamos sair
Tomar um café, um chá, ou um chocolate quente
Vamos sentar e ver a beleza ao nosso redor,

O dia amanheceu tão belo
Quero teu olhar pra não me perder
Quero sentir a emoção de viver
De amar sem nada temer.

Esqueça tudo ao menos hoje
Abandone as dores,
Esqueça os horrores do mundo
Experimente outros sabores
Meu coração preparou um Te Amo que tua boca nunca sentiu.

Já sentiu o cheiro das flores
Chegando aí?

quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

Condenação sem prova Não é novidade


Condenação sem prova
Não é novidade
Basta ser preto em qualquer cidade
Desse Brasil racista,

Temer
E Aécio
Bandidos que deixaram mais que pistas
De atos de corrupção
Não são condenados a nenhuma prisão,

E você vai comemorar
A condenação de Lula,
Achando que está havendo justiça?
Deixa de preguiça
E vai estudar

No Brasil de golpistas
Nenhum ato desse circo vai te beneficiar

Todo esse teatro
Pra te enganar
Não passa de armadilha pra ti escravizar,
Sorria
Essa elite branca estão levando tua aposentadoria.
Direitos trabalhistas já saca né
É apenas história pra contar.

As antenas já captam no ar
Essa elite que condena Lula
É a mesma que assassina
Os trabalhadores, pretos, jovens, mulheres, homossexuais,
Sem nenhuma vergonha de se mostrar.

terça-feira, 23 de janeiro de 2018

Mais uma escola assaltada





Mais uma escola assaltada
Uma arma apontada
Pra cabeça das professoras

A violência avassaladora
Não tem educação
Atropela os mestres
Educadores desta nação.

Educação desvalorizada
A arma sempre esteve apontada
Um contra-cheque de envergonhar
Doença adquirida na docência, e sem condições pra se tratar,
Ausência de oportunidade pra se qualificar

O “maluco” apontou a arma
Levou documentos
Celulares, alianças
Levou esperanças
De um novo dia raiar

As professoras que deveriam professorar transformação
Agora tremem a mão
Com medo de uma nova invasão
Na escola que tem abandono e evasão
Dos “caras” que segura o três oitão

O Estado, o Eunuco do capital
Sorri diante de todo esse mal.
Não é culpa do governador
Muito menos do prefeito,
Mas eu lhes pergunto que foi eleito
Prometendo cuidar
Da segurança e da educação do povo desse chão?