segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

LIVRO PEDRADAS COM VERSOS


PEDRADAS COM VERSOS, é uma coletânea de algumas das poesias publicadas aqui neste blog.
Vitoriano Bill expõe nessa obra, versos com grande peso de contestação da realidade, outros com uma leve pitada de lascividade, alguns falando da alma e do coração.
PEDRADAS COM VERSOS é uma miscelânea de sentimentos, advindos de um ambiente de extrema mudança, Altamira, à margem esquerda do Xingu. Nesse livro, a poesia apresenta-se principalmente como ferramenta de denúncia de uma sociedade, que exclui cotidianamente trabalhadoras e trabalhadores em todo o mundo.
O livro é uma publicação independente, pode ser comprado pela internet no site da Editora Perse, empresa responsável pela impressão. Pode também ser baixado gratuitamente é  só clicar no link abaixo.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Pistoleiros Pra Quê?

Em tempos modernos
Pistoleiros pra quê?
Mesmo sabendo que é a lei do revolver
Que vai resolver.
Pa! Pa! Pa!
Primeiro tiros pra intimidar,
Surdão no pé do ouvido.
- Levanta vagabunda! - grita pra mãe de família.
Polícia pra torturar!
Grileiros, latifúndio paga pra matar,
À PM cabe executar.
Dona de casa brutalmente espancada,
Costelas quebradas,
Depois de tudo, encarcerada.
O filho vendo a mãe apanhar,
Foi defender- da polícia vale ressaltar-
Resultado, também espancado
E foi preso pra aprender.
Dizem que a PM recebeu 10 mil.
Pistoleiros pra quê, se quem tortura,
Mata, aterroriza
É quem deveria defender?




quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Paisagem Banal

Olhei no canteiro da avenida,
Vi um monte de lixo,
De um lado e outro
Carros indo e voltando.
Olhei com mais calma,
No meio do lixo,
Um homem sentado
Em cima de uma caixa de madeira.
Barulho dos carros,
Da Capital Federal,
Ser humano abandonado,
Reduzido à lixo é paisagem banal.

Semeador de Sonhos

Planto sonhos,
Em formas de sementes imensas.
Vem à mente o desejo de transformação,
De outra realidade,
Aí a maneira de torná-las reais.
Pulsa forte o peito,
Sinto-me mais vivo...
Cultivar sonhos
Requer coragem
E uma dosagem de loucura
Em medida que favoreça o germinar da semente.
Semeio sonhos
Na rua,
No quintal da minha casa,
Na cama que durmo,
Semeio sonhos até à distancia...
E faço de tudo pra colhê-los.
Consigo ver cada sonho real.
Semear sonhos não é tarefa fácil,
Só faz quem tem fé,
Quem acredita na colheita,
Pois plantar algo que não espera que terá vida,
É semear de ilusão.
Semeio
E cultivo sonhos,
E sonho todos os dias com você.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Felicidade é...

Felicidade
É quando encontramos a beleza que há na simplicidade.
Felicidade
É lembrar de alguém
E essa lembrança ti trazer um riso bobo.
Felicidade
É abraçar quem habita nosso coração,
É eu abraçar você.
Felicidade
É encontrar o Éden em teu olhar.
Felicidade
É passear por teu reino,
Descobrindo-te,
Entregando-me
Sendo nós, apenas um.
Felicidade
É o que desejo a você.
A felicidade que emana
Do simples e sincero amor dos que fazem parte de sua vida.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Rede

Net ligada,
App instalado,
Chamada no pv.
Olhos na tela
Boca fechada
O toque screen,
Calor da bateria.
Pra quem está ao lado,
O vácuo.
Na era da rede,
Isso é relacionamento de vdd.

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Bonsai

O relacionamento de um casal, que leem livros juntos e depois, como diz o autor, trepam. Isso é Bonsai, de maneira bem grotesca é claro...
Alejandro Zambra, já inicia o romance contando o trágico final.
Hoje, depois de findar a leitura do livro, vejo que muitas vezes a vida é assim. Começamos algo que no fundo sabemos como irá terminar e não há nada que possamos fazer pra alterar o final da história. Ou se há, acabamos amortecidos, assistindo acontecer o final óbvio.
O romance de Zambra me deixou angustiado. No final, a personagem principal sai pelas ruas sem norte algum...Sufocou meu peito pela bela narrativa que prende de fato o leitor, mas muito mais pelo bonsai que eu não PUDE ou não QUIS evitar, não sei ao certo também, apesar de tudo.
É inevitável não ficar lembrando agora que Bonsai é a ÁRVORE VIVA E O RECIPIENTE... ÁRVORE VIVA E O RECIPIENTE...

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Alimentando carne e espírito

Quando nos beijamos
E nos abraçamos carinhosamente.
Quando nos tocarmos sutilmente
E suave,
É o momento
Em que fazemos amor.
Depois disso,
Nós trepamos.
Sim,
Trepar,
É o que fazemos
Ao despirmos nossos corpos
Um pro outro
Sem pudor algum.
Ali,
Nos reinventamos,
Nos redescobrimos,
Saciamos o desejo da carne.
E quando findamos,
Nos amamos
Em olhares, beijos e abraços novamente,

Alimentando o espírito.

Moça, tá foda!

Moça,
Desenha,
Fala escrachado
Que é só passatempo,
Só companhia
Ou que gosta de fato de mim.
Tem que ser explicado...
Ta foda esse clima pesado,
Ta foda pensar que ti magoei,
Ta foda a gente nao se olhar direito.
Ta foda...
Nessas coisas sou um tanto atrapalhado
Tem de ser tudo bem pontuado
Ou ate o dois mais dois eu calculo errado.
Gosto de ti demais!
Doi a ideia de ter ti magoado
Ter ti chateado
Ter ti desrepeitado.
Doi nao saber o que de fato causei a você.
Há um muro de gelo
Separando nós dois.

sábado, 11 de outubro de 2014

Tucano

Tu
Cano
Quase afundou o Brasil.
Tu
Cano
É casa-grande
Nos impondo senzala.
Tu
Cano
É a cara da fome,
Desnutrição
Tu
Cano
Infla ação
Homofóbica
Facista.
Tu
Cano
Machista.
Tu
Cano
corrupção,
Privatização...

domingo, 28 de setembro de 2014

Parei

Parei pra ti ligar
E dizer
Que ainda amo você.

Ontem cheguei tarde demais
E tu já dormia em paz
Eu não quis te incomodar.

Os dias passam numa rapidez
A correria nos põem sempre em despedida
Já não sabemos o que cada um faz da vida.

Parei e liguei pra falar
Que é imensa a saudade de ti
Tô aqui querendo saber,
Por que toda essa distância
Se a casa que moro é a mesma que você?

Hoje vou chegar pro jantar
Quero a paz de tua companhia
Partilhar nossas dores e alegrias

Sentir tua gargalhada me contagiar.

terça-feira, 19 de agosto de 2014

Véi

Véi
Num tem aquele muluque
Que tu chamou de noiado
Só porque ele andava com os zóios avermelhados?

Véi
Aquele
Que tem uma tatuagi
Que tu disse que é marca da gangue do Ladruagi.

Véi
Num tem
Aquele que tu disse assim
“Lá vai o marginal ainda com cabelo do último carnaval”.

Véi
O doido que tinha na orelha um alargador
Um piercing no nariz
Que tu chamava de hip desertor.

Então,
A tatuagi
É uma homenagem
Que ele fez quando a mãe dele faleceu.

O cabelo
Não tem muito o que explicar
É que todo adolescente quer parecer com o Neymar.

O alargador e o piercing
Foi presente da mina
Colega da turma de pré-vestibular,
Presente de uma gata
Nem eu ia recusar.

Véi
Mas o pior tu num sabe
Aqueles zóios vermelhos
Era de tanto estudar,
Garoto num tinha óculos e nem dinheiro pra comprar.

E segura essa malandro,
Adivinha que festança é aquela aculá
É o dito muleque comemorando porque passou no vestibular.

É
O noiado vai ser doutor
É tu que fica aí só julgando todo mundo
O que conquistou?

sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Amar...

Amar é tarefa voluntária.
Assim como quem contempla o pôr-do-sol
É quem dá tempo à vida,
Amar é doar tempo ao outro.
Amar é tão simples
Que sempre inventam coisas complicadas pra chamar de amor,
Até parece que pra ter encanto tem de ser complexo.
O verdadeiro amor é feito água,
Sacia, faz bem
Sem nem precisar de sabor, cheiro ou cor.
Amar é tornar-se o leito do rio.

terça-feira, 12 de agosto de 2014

Tinhoso

Em frente a sala de treinamento da prefeitura, ouço:
- É tinhoso, debochado, é o diabo- falava a professora com toda força que só a indignação é capaz de dá.
-Mas tu tá falando de quem mesmo mulher- perguntei, pois a forma como ela falou me despertou curiosidade.

- Esse prefeito rapaz!!!
Só os professores que foram pro ato da prefeitura, sabe do que ela estava falando.

domingo, 10 de agosto de 2014

O tempo é impiedoso

Sexta-feira à noite, Ana e eu tomamos assento numa das mesas que estavam na calçada de um bar.
Pra nossa surpresa o garçom nos informou que não tínhamos muita opção de escolha na cerveja, pois a ponte que está quebrada no rio Arataú impossibilita a chegada de algumas mercadorias em nossa cidade, o que inclui a cerveja.
O cantor que animava a noite sabia passear pelo melhor de cada estilo da música brasileira, do brega ao requinte da mpb. Pra mim um ponto positivo do estabelecimento, nada melhor pra uma noite que uma boa canção à voz e violão, uma “breja” e um bom papo.
Não havia tanta gente, numa das mesas próximas, tinha um senhor já bem de idade, sozinho. Em determinado momento percebia-se que ele estava cochilando.
- Esse daí deve ter sido um daqueles machão que diz que não corre atrás de nenhuma mulher porque tem muitas por aí e acabou sozinho agora. – Comentou Ana.
Lá pelas 23h30, uma mulher aparentando ter 55 anos, loira, trajando uma camiseta azul e bermuda jeans, começou a dançar. A música que estava sendo cantada era a dama de vermelho, e a mulher passou a utilizar uma coluna de ferro que sustentava o telhado da calçada como se fosse uma pole-dance.
Quase todos ali começaram a olhar aquela cena horrorizados.
O cantor interrompeu a canção e de maneira extremamente deselegante falou:
- Com todo respeito, você é muito safada!
Fiquei imaginando a mesma cena com uma loira, só que 30 anos mais nova. Provavelmente seria a cereja do bolo na apresentação do cantor.
O tempo é impiedoso e a mulher é reprimida de se expressar em todos os momentos de sua vida!
Quando jovem tem de ter postura de “moça de família” pra não ser confundida com “uma qualquer” e não perder a oportunidade de se casar com um bom partido (acreditem ainda tem muito disso). E quando a idade avança, não pode, porque tem de apresentar um comportamento condizente com a idade, dá o exemplo aos mais novos (filhos, netos e o escambau).

Ana levantou-se pra ir ao banheiro, parou na mesa dessa mulher e a cumprimentou pela coragem.

O céu muda

O céu muda
Quando a mulher muda
Na luta
Conquista a fala que a opressão se fez calar.

A moça que admiro

A moça que admiro
É pátria
Que a liberdade fez latifúndio.

Despida de qualquer padrão
Veste-se de rebeldia
Contra o monstro-opressão.

A moça que admiro
É bruxa
Rejeita o contrato
E enfeitiça num olhar, num riso, num beijo ou num abraço.

No terreiro dos esfarrapados
Voz agitando a mente e aquecendo o sangue
Sal
Céu.

terça-feira, 5 de agosto de 2014

Vale ponto?

A Coordenadora Pedagógica entrou na sala de nono ano e depois dos cumprimentos formais, falou à turma:
- Pessoal tenho um convite pra vocês. Pra um passeio nos canteiros de obra da barragem de Belo Monte.
Logo começou um falatório só na sala.
- Mas quem for deverá fazer uma redação sobre a barragem e o melhor texto será premiado com um notebook e um smartphone- emendou a Coordenadora Pedagógica.
- Vale ponto? – indagou um dos alunos – Só vou se valer ponto, eu não sei fazer redação, não vou ganhar mesmo.
Escutei isso, e fiquei me perguntando quando a escola se tornou apenas um lugar aonde o sujeito acumula pontos pra alcançar uma média e no final de um período ser diplomado em determinado nível de escolaridade.
Parece que nada do que a escola oferece é mais atraente do que o tal ponto. Qualquer atividade que o aluno participe tem de valer uma nota. As ações na escola não vale por si só, pela aprendizagem, pela construção e reconstrução do conhecimento, mas o ponto que ela pode garantir ao aluno.

Deve ser esse um dos motivos do ensino ir de mal a pior. A escola há muito tempo não é atraente aos estudantes, e nos raros momento que o é, passa despercebido...

sexta-feira, 25 de julho de 2014

A Proposta

A proposta é não ter medo,
Não sentir vergonha do corpo que tens
Ter pulso pra se emancipar
Mostrar que o machismo é violência também.

Por que diabos é o homem quem manda,
Se a mulher faz parte da mesma construção?

Quem inventou `a mulher sensível`
Como um ser natural?
E, se é sexo frágil,
Então como se explica uma dupla jornada de trabalho sem descanso semanal?

Enquanto o homem descansa
A mulher carrega pedras,
É o cárcere da divisão sexual.

A proposta por hoje
É tomar banho no rio,
Nua, 
Sob o luar.

Não é indecência,
Tão pouco sacanagem
É transgressão!
Contra as regras incontestáveis
Que reza a mulher obediente.

quarta-feira, 23 de julho de 2014

Ilusão Real

Esse pão e circo
Virou babilônia
E é causa da insônia
Dos donos das mansões.

Não temos teto
Nem almoço
E o impávido colosso
Um lapso de nossa união.

Nesse sistema de farsas
Cheio de golpes e trapaças
O que é real
É a ilusão.

Mas a praça é das tribos
Cada uma a seu jeito
Vai pregando outra via
Caminhando em contra-mão.

Por que caminhar contra a mão que assassina
É a única sina
De quem deseja viver.

terça-feira, 22 de julho de 2014

A Poesia Prevalece! Um ano de Sarau Marginal!

Por Vitoriano Bill

“Os saraus tiveram que invadir as praças
Por que biblioteca não era lugar de poesia
Biblioteca tinha de ter silêncio
E uma gente que se acha assim muito sabida.
(Criolo-Adaptada)

Com o título A Poesia Prevalece! Um ano de Sarau Marginal! O Coletivo de Poetas Marginais de Altamira comemora seu primeiro aniversário.
O Coletivo foi criado em 2013 na efervescência das manifestações populares de Junho, mas realizou seu primeiro evento em 05 de Julho. Intitulado de 1º Encontro de Poetas Marginais, o sarau foi feito na calçada na frente da casa de um dos poetas integrantes do grupo, Moisés Ribeiro. Naquele momento ímpar pra seus idealizadores o Encontro contava com a presença principalmente dos amigos dos organizadores.
Walcyr Monteiro, renomado escritor paraense, também participou deste momento. Abrilhantou a noite com suas poesias e contando o contexto em que cada uma fora escrito. Walcyr Monteiro também participaria do 3º Sarau de Poesias Marginais, tendo como temática a Transamazônica. Walcyr foi de uma humildade imensa por emprestar seu nome e talento pra dá notoriedade ao Coletivo e fortalecer a literatura local.
Nesse um ano de atividades foi realizado dez eventos poéticos, com os mais diversos temas, dentre os quais lembramos o martírio de Irmã Dorothy, aniversário da Revolução Cubana, Rio Xingu, Dia da Mulher, Dia do Trabalhador, as Marchas de Junho. Além disso passamos por diversos lugares como a Praça da Cultura, Praça do Matias, Rua 8 no Bairro Boa Esperança, No Parque de Exposição quando tinha famílias alojadas por conta das cheias do Xingu, Bela Vista e no ponto que escolhemos como referência pra nossos saraus, a Praça da Paz.
O Coletivo em parceria com o MAB (Movimento dos Atingidos Por Barragens) e a Faculdade de Etnodiversidade promoveu também um debate sobre os 50 anos do Golpe Militar no Brasil.
Mesmo com pouco tempo de história, é uma trajetória percorrida que merece ser celebrada pois é feita com muitas mãos, muitas letras (com ou sem rima, mas com muita paixão) e bastante suor.
Se de início, entre um bloco de poesia e outra ligávamos o som pra tocar umas músicas, logo depois tivemos a adesão de Jeferson Braga e Bruninha Teles na voz e violão. Alguns saraus depois convidamos a Banda Sarcasmo Social, que com um rock ao mesmo estilo das poesias (contestação social) fazem o público cantar e pular. E sempre tem espaço pra um músico se apresentar mesmo sem está programado, afinal o sarau não tem uma programação fechada, só é planejado a abertura.
E o que falar das Poesias? Elas vêm de todos os jeitos, lados, e vozes.
O Sarau de Poesias Marginais não é feito por gente ‘sabida’, mas por pessoas que gostam de poesia. No ambiente do sarau tem os livros, o varal de poesia pra quem quiser pegar uma ler. Tem o microfone que é livre, está lá pra quem quiser fazer uso, ainda que seja apenas pra falar de como foi o seu dia. E tem muita gente boa pra bater um papo e descontrair.

Se


você ainda não teve a chance de participar de um sarau marginal, o próximo já é sexta-feira (25/07) às 19h30 na Praça da Paz (Av. Djalma Dutra, ao lado da New Rock). Sua presença é importante pra cena da arte local.

domingo, 20 de julho de 2014

Poesia Que Não Sei

Por diversas vezes me pego duvidando 
Dos versos que escrevo.
Como consigo tirar poesia do por-do-sol
Do voo do pássaro
Da lua cheia
D`uma noite no motel
Ou de uma aventura num bordel
De conflito social
Até de uma cena de caos,
Se eu não consigo extrair poesia
Da poesia
Do corpo dela que é sedução?

quinta-feira, 10 de julho de 2014

O beijo da moça

O beijo da moça é multicolor
Um arco-íris libertário
Que contemplo de olhos fechados
Como o céu em fim de tarde no campo.
O corpo dela,
Brisa mansa matinal,
Tão lindo,
Desejável
E também fogo
Tarde de agosto
Queimando a pela as 15 horas.
Fico bobo
Quando num intervalo do beijo
Os olhos dela cruzam com os meus
E brinda aquele instante
Com um sorriso precioso
Digno de uma canção popular.

sexta-feira, 13 de junho de 2014

Salvação

Essa ideia vaga de salvação
Muitas vezes me conforta.
Se eu continuo lutando
Farei parte da mudança dessa sociedade injusta,
Mas, se por ventura, eu desistir
Estarei sendo um bom menino e irei pro céu dos santos...

quinta-feira, 12 de junho de 2014

Soneto de Um Novo Dia

O sol é celebração de uma nova oportunidade
Que vem
Somente a quem deseja mudanças.

A água hidrata o corpo
Mas é saciando a sede de justiça
Que saberemos o significado do amor.

O calor escaldante da tarde
Nos traz uma demanda em comum
E aí, cada um por si
Ou nos tornamos apenas um?

O sol que ilumina o dia pode ser problema
A água que mata a sede um dilema
A nossa força apenas um teorema
E o novo dia fica igual a todos os outros.

sábado, 19 de abril de 2014

Deixa Rolar

Saca
Que essa cena
É a que eu sempre quis viver?
Com todas
Esquisitices de uma noite zicada
Minha maior surpresa foi você.
Fique sussa
Que não tem complicação
Não procuro mais entender nada
Deixa rolar sem direção.
Mas, que tua boca na minha é muita tentação,
Moça,
Isso não tem contestação!